Dieta gastrointestinal com baixo teor de gordura

Qual sua importância e quando indicá-la?

setembro 1, 2024
09:48
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Distúrbios digestivos tendem a ser frequentes na rotina de atendimento clínico do médico-veterinário. Um estudo conduzido por Rakha e colaboradores (2015) relatou que o trato gastrointestinal (TGI) é um dos mais acometidos por doenças, totalizando mais de 50% dos atendimentos clínicos em cães em comparação a todos os outros sistemas.

Nessas condições, a oferta de uma dieta coadjuvante gastrointestinal é primordial para promover o reestabelecimento da saúde do paciente, pois contribui para recuperação do equilíbrio da microbiota intestinal e ainda favorece a digestão e absorção de nutrientes. Entretanto, a escolha do perfil do alimento gastrointestinal também deve levar em conta o teor de gordura.

De forma geral, a inclusão da gordura é benéfica em uma dieta gastrointestinal, já que incrementa a densidade energética do alimento, o que permite que o paciente obtenha a energia necessária para sua recuperação consumindo uma menor porção de alimento.

Contudo, existem gastroenteropatias que levam a baixa tolerância a gordura e, por isso, a oferta de uma dieta gastrointestinal com inclusão de altos teores desse nutriente poderia comprometer a recuperação do animal, principalmente nos casos de pancreatites e linfangiectasia. Por muito tempo acreditava-se que manter o paciente com pancreatite em jejum seria benéfico, já que a presença do alimento rico em gordura estimularia a produção de colecistocinina, agravando o quadro clínico, porém essa prática caiu em desuso.

Diversos estudos, como o de Harris e colaboradores (2017), demonstraram que cães com pancreatite que receberam alimentação enteral dentro de 48 horas após a admissão hospitalar apresentaram menor intolerância gastrointestinal e retorno a ingestão de alimento voluntária mais rápido.

A redução do teor de gordura na dieta é uma recomendação comum na medicina humana para os casos de pancreatite (MANSFIELD, 2012) e não apresenta contraindicações em cães, mesmo em animais que não estejam acima do peso ou possuam hiperlipidemia (HARRIS et al., 2017).

Portanto, o sucesso do tratamento está totalmente atrelado a realização de um diagnóstico correto e à instituição da dieta gastrointestinal ideal, que deve ser escolhida com base nos parâmetros clínicos individuais de cada paciente. Por isso é importante que o médico-veterinário possua opções de dietas gastrointestinais, incluindo com perfil nutricional de baixa gordura.

Pensando nessa necessidade, Fórmula Natural Vet Care Gastrointestinal Baixa Gordura foi formulado segundo os conceitos mais avançados da nutrição para cães que necessitam de dietas especiais.

Indicado para auxiliar no tratamento de cães adultos com distúrbios gastrointestinais responsivos à restrição de gordura, como pancreatite, linfangiectasia e enteropatia exsudativa, Fórmula Natural Vet Care Gastrointestinal Baixa Gordura possui as seguintes características: formulado com teores reduzidos de gordura e ingredientes de alta digestibilidade, que colaboram para minimizar os sinais clínicos da má digestão e baixa tolerância à gordura; contém fibras especiais, prebióticos e probióticos, que contribuem para o equilíbrio da microbiota intestinal; possui a inclusão de carne fresca, uma fonte de proteína de alto valor biológico e altamente palatável; rico em vitamina b12 e triptofano, colaborando na reposição destes nutrientes comumente deficientes em distúrbios gastrointestinais.

Além disso, possui antioxidantes naturais e não inclui ingredientes transgênicos em sua composição, atendendo aos tutores que prezam por um estilo de vida mais natural.

Por Gustavo Quirino, médico-veterinário e analista de treinamento técnico da Adimax

Referências bibliográficas

MANSFIELD, C. Acute Pancreatitis in Dogs: Advances in Understanding, Diagnostics, and Treatment. Topics in Companion Animal Medicine, v. 27, n. 3, p. 123–132, 2012.

HARRIS, J. P. et al. Retrospective evaluation of the impact of early enteral nutrition on clinical outcomes in dogs with pancreatitis: 34 cases (2010–2013). Journal of Veterinary Emergency and Critical Care, v. 27, n. 4, p. 425–433, 2017.

VILLAVERDE, C.; HERVERA, M. Nutritional Management of Exocrine Pancreatic Diseases. In: FASCETTI, A. J. et al. (Eds.). . Applied Veterinary Clinical Nutrition. 2. ed. [s.l.] Wiley-Blackwell, 2023. p. 299–318.

RAKHA, Gamal MH et al. Prevalence of common canine digestive problems compared with other health problems in teaching veterinary hospital, Faculty of Veterinary Medicine, Cairo University, Egypt. Veterinary world, v. 8, n. 3, p. 403, 2015.

Edição 117


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