
Segundo a OMS, 75% das doenças infecciosas têm origem em animais. A médica-veterinária, Greyce Lousana, presidente executiva da Sociedade Brasileira de Profissionais de Pesquisa Clínica, ressalta que enquanto a medicina humana foca no tratamento e cura de doentes, a medicina veterinária atua como um pilar na prevenção de futuras doenças.
De acordo com últimos dados da Organização Mundial da Saúde Animal, corroborados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 75% das doenças infecciosas emergentes que afetam humanos tiveram origem animal. Alguns exemplos são a febre amarela, o ebola, a raiva e a gripe aviária. Além disso, 80% dos agentes que apresentam potencial para serem usados como armas de bioterrorismo são patógenos zoonóticos.
A presidente executiva da Sociedade Brasileira de Profissionais de Pesquisa Clínica (SBPPC), médica-veterinária, Greyce Lousana, e uma das maiores referências em pesquisa clínica no Brasil, enfatiza que a próxima pandemia não será evitada apenas com vacinas, mas com vigilância constante dos habitats onde os vírus circulam. “Se não tivermos uma interação entre médicos veterinários e demais profissionais de saúde, o futuro da humanidade será cada vez mais caótico. É fundamentar termos uma visão ampla nesse ecossistema”, reforça a especialista.
Greyce Lousana, médica-veterinária, presidente executiva da Sociedade Brasileira de Profissionais de Pesquisa Clínica.
Ela explica que, enquanto a medicina humana foca no tratamento e cura de doentes, a Medicina Veterinária atua como um pilar na prevenção de futuras epidemias. “É comum pensar no médico como quem trata e cura pessoas e pouco se fala sobre o papel do veterinário nas pesquisas clínicas, que tem o desafio de prevenir e impedir novas epidemias”, ressalta.
A febre amarela, por exemplo, é uma doença causada por um vírus transmitido por mosquitos, e possui dois ciclos de transmissão (urbano e silvestre). No ciclo urbano, a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados. No ciclo silvestre, os transmissores são mosquitos com hábitos predominantemente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes.
No Brasil, os ministérios da Saúde, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Meio Ambiente, diretamente ou por meio de secretarias e autarquias subordinadas, vêm criando normas e orientações voltadas à aplicação prática da saúde única. O envolvimento de múltiplos atores é fundamental para o desenvolvimento de estratégias inovadoras, a incorporação de tecnologias e a inovação para vigilância e controle de doenças.
A integração dos esforços da medicina veterinária com os demais segmentos da saúde humana não é apenas uma necessidade emergente, mas um caminho vital para a manutenção da saúde global. A prevenção eficaz de pandemias futuras depende de uma abordagem holística, onde a colaboração interdisciplinar é mais do que recomendada, é essencial.
Fonte: Assessoria de imprensa Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica (SBPPC)
Segundo a OMS, 75% das doenças infecciosas têm origem em animais. A médica-veterinária, Greyce Lousana, presidente executiva da Sociedade Brasileira de Profissionais de Pesquisa Clínica, ressalta que enquanto a medicina humana foca no tratamento e cura de doentes, a medicina veterinária atua como um pilar na prevenção de futuras doenças.