
Os sinais clínicos da aversão alimentar em pets com doença renal crônica incluem a recusa de alimentos ou diminuição da ingestão de alimentos, que pode estar acompanhada de perda de peso
Os sinais clínicos da aversão alimentar em pets com doença renal crônica incluem a recusa de alimentos ou diminuição da ingestão de alimentos, que pode estar acompanhada de perda de peso
Por Priscila Rizelo,coordenadora de Comunicação Científica – Royal Canin do Brasil
A aversão alimentar é uma condição comum em pets com doença renal crônica (DRC), que pode levar a uma diminuição da ingestão de alimentos e, consequentemente, a uma piora do estado nutricional e do quadro clínico. É importante que os médicos-veterinários que tratem de animais com doença renal crônica estejam cientes dos sinais clínicos, das causas subjacentes e das opções nutricionais para o manejo de pacientes com aversão alimentar.
Os sinais clínicos da aversão alimentar em pets com doença renal crônica incluem a recusa de alimentos ou diminuição da ingestão de alimentos, que pode estar acompanhada de perda de peso. A aversão alimentar pode ser uma resposta à uremia, que causa uma sensação de náusea e vômitos. Entre outras possíveis causas estão a dor provocada pela presença de úlceras orais, anemia, desidratação, acidose metabólica e distúrbios do trato gastrointestinal. A doença renal crônica também pode afetar o paladar e o olfato do animal, tornando os alimentos menos atrativos. Além das causas físicas, outros fatores também podem contribuir para a aversão alimentar em pets, como estresse e ansiedade causados por modificações ambientais causadas durante uma hospitalização, por exemplo. Por esse motivo, é recomendado se evitar a introdução de dietas renais em ambientes estressantes, durante uma crise urêmica ou por meio de alimentação forçada, pois isso aumenta drasticamente o risco de os animais desenvolverem aversão alimentar.
O tratamento da aversão alimentar pode incluir o uso de estimulantes de apetite, tratamento das causas subjacentes e manejo dos sinais clínicos, porém, o manejo nutricional tem um papel importante neste sentido. Mesmo dietas muito palatáveis podem não ser aceitas por pacientes que desenvolveram aversão alimentar.
A solução para estimular a ingestão das dietas formuladas para pacientes com doença renal crônica está em lançar mão de diferentes perfis aromáticos, diferentes texturas e tamanhos de croquete. Um exemplo são os cães de pequeno porte, que tem maior facilidade de preensão e mastigação quando os croquetes do alimento são adaptados para sua pequena mandíbula. O croquete adaptado aumenta a palatabilidade do alimento e deve ser a primeira escolha para cães desse porte. Apesar disso, as demais opções de croquetes, perfis aromáticos e texturas não devem ser desconsideradas durante o tratamento de gatos e cães. Essas variações estimulam o apetite, sem renunciar ao tratamento.
Em conclusão, a aversão alimentar é uma condição comum em pets com doença renal crônica e pode levar a uma diminuição da ingestão de alimentos e piora do quadro clínico. Além de contornar as causas subjacentes, os médicos-veterinários devem lançar mão de dietas formuladas para o manejo da doença renal crônica, porém, variar suas texturas, formatos de croquete e perfis aromáticos, a fim de promover a saúde e o bem-estar do animal.
Os sinais clínicos da aversão alimentar em pets com doença renal crônica incluem a recusa de alimentos ou diminuição da ingestão de alimentos, que pode estar acompanhada de perda de peso