
Chegamos ao 10º ano levando conteúdo direcionado ao médico-veterinários de animais de companhia. 10 anos praticando jornalismo em um tempo em que a notícia deixou de ser exclusiva dos jornalistas. Um tempo em que a notícia apurada e a visão de todos os lados envolvidos dos fatos, têm perdido espaço para publicações próprias carregadas de opiniões e expostas como verdades absolutas.
Por Mariana Perez Vilela
Não há dúvidas de que as ferramentas democráticas de publicações e comunicação são maravilhosas e conectam o mundo todo em segundos. Contudo e, infelizmente, nem todas as pessoas que utilizam os recursos disponíveis on-line, o fazem para o bem. Há muitos crimes cometidos pela internet, pois há pessoas que entendem o mundo virtual como um território sem lei, onde é difícil identificar e punir os responsáveis por atos criminosos e irresponsáveis. Isso já não é mais uma verdade, pois muitos países estão desenvolvendo lei próprias para o mundo virtual. O que não é algo simples e é tratado com muito cuidado, pois ao colocar limites e regras, pode-se ferir a liberdade de expressão e isso seria um retrocesso.
E qual o papel do jornalista hoje afinal? Muitos pensaram ou pensam que o jornalista já não é mais necessário diante de tantas ferramentas de comunicação, onde cada um publica sua própria versão.
Penso que é exatamente nesse momento em que o jornalista profissional e responsável é mais necessário do que nunca! Aquele jornalista que sabe trazer um novo olhar dos fatos, sabe ouvir os diversos lados, sem causar falsos alardes ou histeria.
Nos Estados Unidos, a mídia é conhecida como o “Quarto Estado” ou o quarto poder do governo. As informações fornecidas por jornalistas ajudam os cidadãos a tomar decisões relacionadas a uma série de questões. A imprensa cumpre um papel extraoficial e amplamente aceito pela sociedade.
Na antiga escola do jornalismo dizia-se que o jornalista precisava ser imparcial e neutro. Mas hoje vemos que isso não é possível. O jornalista é um ser humano. O que ele precisa ter é responsabilidade com o que e como vai publicar, ter empatia e sensibilidade de qual impacto aquela notícia poderá ter na sociedade. É dessa forma que o jornalista se posiciona, conquista credibilidade e faz com que a “fake news” perca espaço.
Independente do tempo ou ferramentas, o espaço do jornalista responsável estará sempre lá, para que ele possa registrar com sensibilidade importantes momentos da história do segmento e local que atua.
Por isso, continuaremos com nosso conteúdo sempre pautado na responsabilidade com o mercado veterinário, buscando sempre contribuir para que esse setor cresça e seja cada vez mais valorizado.
Editorial Edição 109 - Janeiro de 2024
Chegamos ao 10º ano levando conteúdo direcionado ao médico-veterinários de animais de companhia. 10 anos praticando jornalismo em um tempo em que a notícia deixou de ser exclusiva dos jornalistas. Um tempo em que a notícia apurada e a visão de todos os lados envolvidos dos fatos, têm perdido espaço para publicações próprias carregadas de opiniões e expostas como verdades absolutas.